segunda-feira, 1 de junho de 2009

Tratamento de abuso de drogas

A definição de adicção à droga do National Institute of Drug Abuse (NIDA) como "uma doença cerebral crônica, recidivante, que se expressa comportamentalmente e ocorre em um contexto social" reflete as dificuldades existentes na terapia desta condição. O tratamento destes pacientes envolve medidas farmacológicas e psicoterápicas para auxiliá-los a reestruturar os seus comportamentos.

É certo que os conhecimentos atuais sobre as alterações neurobioquímicas que ocorrem como causa ou conseqüência do abuso de drogas, auxiliaram a desenvolver drogas e estratégias de tratamentos mais eficazes. O uso de substâncias modificadoras da transmissão opióide, como a naltrexona, ou da GABAérgica/glutamatérgica, como o acamprosato, por exemplo, favorecem a manutenção da abstinência em pacientes alcoólatras. A naltrexona abole a recompensa provocada pela ingestão do álcool e o acamprosato reduz o desejo de beber.

Estamos, no entanto, muito aquém do necessário. Uma esperança futura reside na terapia genética. Se chegarmos a identificar os genes responsáveis pelas alterações neurobioquímicas que levam ao abuso de drogas, talvez possamos corrigí-las.

Será que em alguma época futura a humanidade poderá livrar-se de todas as drogas? Ou será mais razoável imaginar que poderemos chegar a desenvolver drogas psicoativas perfeitas, com poucos efeitos colaterais deletérios, tal como o soma descrito por Aldous Huxley em seu livro Ädmirável Mundo Novo", capaz de proporcionar uma notável sensação de bem estar, acalmando até mesmo as angústias existenciais? Só o tempo dirá!

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